domingo, 26 de abril de 2009

Já é noite e eu ainda ando sem rumo, nada está real, pessoas indiferentes, parecem almas a vagar, pareço alma a chorar. A chuva começa a cair, vejo algumas garotas correrem, um garoto dá seu moleton e um beijo à namorada, uma criança na janela. Continuo a andar sentindo a chuva gelada em meu corpo. Enquanto percorro a calçada chuto algumas pedrinhas, estou por passar aquele portão..., passo.
Não pensei que seria tão difícil. "Enquanto eu falava ele permanecia mudo, passou a mão pelos cabelos sete vezes - sim, eu contei - ; fitou o chão quase o tempo todo, não conseguia olhar para mim, não naquele momento... eu também não me atrevia a olhar seu rosto, fitava meus pés e falava torrencialmente. Senti a respiração dele pesada. Calei-me. Fiquei alí, imóvel por alguns segundos. Só havia silêncio. Criei coragem e o olhei. Seus olhos... Olhos castanhos que sempre me facinaram fitavam meu rosto onde havia uma expressão dura. Um arrepio me tomou. Eu via alí súplica, medo, decepção e o que eu mais temia... amor. Eu não aguentava mais, dei-lhe as costas e saí para onde meus pés me levassem, deixei-o alí parado, sozinho e fugi." Fugi para onde meus pés me levavam.
Estava andando havia algumas horas e agora eu sabia para onde estava fugindo. Paro. Há alguém alí. Tenho que voltar mas meu corpo não responde, está escuro e eu pouco enxergo. A silhueta se aproxima e eu continuo parada, estática, sem mexer um único músculo.
O único som, além do som da chuva, é o farfalhar das folhas a cada passo dado por aquela pessoa. Silêncio...
-Você demorou... cheguei a pensar que não viria...
Não posso chorar!
Lágimas caem, arrependimento...
-Me perdoa...?
Ele se aproxima, me envolve em um abraço quente, alívio. Choro incontrolavelmente.
Deixo a condição de alma e volto a ser garota, a garota que esteve por cometer o pior erro de sua vida...







Tenham um bom dia!
=)

sábado, 4 de abril de 2009

Passei muitos dias sem postar aqui, a vida tá muito corrida, não estou tendo tempo pra nada! Sem contar o quanto eu estou confusa e amedrontada. O ano tá passando rápido e o medo de nada dar certo outra vez tá crescendo...
Saudades de quando eu tinha 5 anos e a minha maior preocupação era as roupinhas das minhas bonecas, de quanto eu tinha 8 e tinha que ser a melhor da turma porque minha mãe era minha professora, das tardes dos meus 12 anos que ia dar voltinha de bicicleta com alguns amigos e minha mãe descobriu que estavamos andando lá na rodovia e me deixou de castigo, e de pular muros com minha amiga e alguns amigos dela e depois subir em um pé de jabuticaba e ficar conversando, sinto falta até das brigas bobas dos 14....
Tudo isso parece que foi ontem, e o hoje pra mim não seria assim.
Saudades de um tempo que não volta mais...