quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Novo cantinho: Passa&Fica

Há anos não vinha aqui. Está tudo tão diferente. Eu estou diferente.
Bem, resolvi passar e vi que ainda recebo algumas visitas, o que me deixou muito feliz!

Então, queridos visitantes solitários (ou não), gostaria que me visitassem AQUI, onde escrevo agora.
Espero vocês lá de braços abertos e coração abertos! ;)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010


Não era fácil ser aquela garota. Estava cansada de ter que colocar aquela máscara afetada todos os dias, e passar um bom tempo reparando-a quando por ventura algo a estragava. Não, não dava mais.
Por muito tempo eu pensei que eu queria ser daquele jeito, que aquilo era eu, mas eu estava completamente enganada, aquilo jamais seria eu. E não importa quanto eu queria, o quanto eu quisesse, não podemos esconder nossa grandiosidade em uma pequena fantasia de princesa.
Eu sou mais que isso!

Sou mais que um sorriso, mais que rostinho bonito, mais que uma garotinha em seu belo vestido rosa. Eu sou a risada, sou a beleza, sou a mulher no balanço. E não me importo se você gosta disso ou não. Estou me lixando se você está pensando "que garota convencida". Já me importei de mais com pessoas que não fizeram nada pra ter minha preocupação. Já agradei de mais e fui desagradada o dobro.
Não gosta de mim? Problema seu! Eu sou assim!

domingo, 31 de outubro de 2010

Sem você ele não bate, só apanha...

Tudo era tão bonito, tão feliz, tão perfeito... Tudo era.
Mas eu não me importo, acredito que não acabou. A culpa é minha por pedir algo que não poderia ser, que eu sabia que não seria! Eu sabia, sempre soube, ele nunca me iludiu quanto a isso, disse com todas as letras e eu apenas deixei passar, até chegar nisso. E eu to tão confusa, isso é tão desconcertante! Por que diabos essas coisas acontecem comigo?! Onde está meu juizo, o juizo do meu coração!?
Será que você, pequeno coração, acha que é só sair batendo por aí? Você vive machucado, apanha sempre e continua a caçar brigas!
Que tal aguns dias sabáticos?! Só você e você? Só eu e eu? Sem essa de "você e eu"! Porque de você e eu, eu to cheia já! Essa junção nunca dá certo! Melhor você aí e eu aqui...
Melhor, a coisa certa a fazer, mas quem disse que o certo é fácil? Quem disse que o certo não doi!? Porque em mim doi, tá doendo e está sendo muito difícil.
Te ver indo embora, sabendo que você pensa ser o melhor pra mim, e infelizmente é, é terrível, é inquietante, é medonho... Mas não é o fim. Eu sei, essa tempestade vai passar!

"Pode crer, que tudo vai dar certo"

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Um olhar pra não esquecer




Em uma viela é feito, em um coração gravado, cada sentimento sonhado realizado. Aquela porta vermelha jamais sairá da memória, a porta que sempre me chamou e eu nunca tive coragem de bater. A janela verde com o garoto triste a olhar, mas eu sempre fui tímida o bastante para não convidar. Sim, eu cresci alí, correndo por aquela viela, rindo, gritando, caindo, aprendendo, às vezes chorando. Bem alí. Eu cresci. Cada vez menos passava por lá até um dia não mais passar. Cada vez menos eu via ele me olhar, sonhadoramente, tristemente, refexivamente, encantadamente com aqueles olhos castanho-esverdeados de príncipe, os cachos negros que uma vez ou outra eram tocados pela brisa, as bochechas um pouco rosadas. Um  rosto, sem dúvidas, bonito e na minha inocência infantil fantasiava um amor platônico.
Em um dia de ousadia, dos meus 7 anos, deixei um bilhetinho na janela com uma letra horrorosa de quem ainda aprende a escrever "você é muinto bonito principe". É! Desse jeito mesmo, com todos esse erros ortográficos. E não contente com o bilhete deixei também um desenho dele na janela - ou era pra ser porque tenho minhas dúvidas quanto ao que parecia...
Quase 13 anos depois tenho secretamente a desconfiança de que ele sabia quem havia deixado o bilhete, pois ele sorriu uma vez pra mim - a única vez que o ví sorrindo - alguns dias depois da minha pequena ousadia.Tantos anos e ainda espero o dia em que possa vê-lo de novo. Na casa de porta vermelha já não mora mais, mas com certeza reconheceria aqueles olhos e o breve sorriso se um dia os ver de novo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um momento de fraqueza [cont.]


     A noite já ia alta, eu estava embebida na lancinante agitação de minha alma quando o vi. O cabelo caindo-lhe sobre os olhos negros e aconchegantes, a risada que aquietava meu coração, o sorriso que fazia qualquer noite fria ter um sol. Eu não sei o que ele viu, mas ele me olhou, não sei com o que eu parecia, mas vi dor em seus olhos. Deu mais alguns passos em minha direção, eu o olhava vidrada, confusa talvez. Senti seus braços me apoiando, ele estava me colocando de pé. Quando entendi as palavras daquele timbre melódico, eu quis dizer a verdade, quis dizer que estava mal, que não conseguia mais. Mas tinha dor, o que me doeu mais, e tinha preocupação, o que fez meu coração querer sair do meu peito. Um soluço de agonia e lá estava eu, sentada na sala que em outras ocasiões foi quente, com uma caneca de leite morno, do jeito que só ele sabe fazer, e aqueles olhos feitos de luz e escuridão me olhando como se eu fosse a coisa mais interessante do mundo. Deixei a caneca de lado e me encolhi, foi quando ele levantou preocupado, sentou ao meu lado e passou os braços em volta do meu corpo. Fiquei quieta por muito tempo, ele apenas me olhava, as vezes me apertava um pouco, um pedido de desculpa silencioso.
     Fiquei alí, nos seus braços, adormeci quando seus carinhos aliviaram um pouco a dor. No dia seguinte eu estava em sua cama, vestindo a camiseta que muitas vezes me serviu de pijama. Assim que me virei para levantar ele postou-se de pé ao lado da cama, ansioso, com um olhar aflito. Era obvio que ele havia passado a noite a me velar, o olhei suplicante pela minha fraqueza na noite anterior, me coloquei de pé assim que ele afastou um pouco. Lamentei ter ido até sua casa, pedi-lhe meu vestido e quando fiz menção de não cruzar mais seu caminho, ele deixou minha promessa pela metade colocando o indicador sobre meus lábios me fazendo calar. “Não é hora de falarmos sobre isso, eu não queria te fazer sofrer assim...” ele beijou minha testa e eu fui, deixando-o parado no meio do quarto, sem aquele sorriso quente, com o olhar fosco pela falta da luz habitual. Eu não podia ter sido tão fraca, tão frágil, aquela não era eu.

     Marchei para fora dalí, tentando enganar, passos duros não significavam decisão, mas desejei que ele entendesse assim, desejei me enganar assim. Sempre fora uma fortaleza, sempre soube guardar o que sentia na minha armadura de bronze celestial e por momentos a despi, por momentos deixei transparecer. E indo embora tentei decidir...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um momento de fraqueza [...]



     Uma, duas, três vezes e nada. Já havia ligado diversas vezes e esta era a terceira vez que ia até lá. Não era de meu feitio procurar um garoto como agora, mas eu não poderia deixar isso como estava! O que ele acha!? Me encontra por dois meses, e quando ela volta tudo o que tenho é um “foi mal”? Foi mal o escambau, foi horrível!!!
     As luzes do quarto dele estavam apagadas, provavelmente ele não estava em casa, sentei na calçada e esperei... Não sei quanto tempo havia passado desde que resolvi virar guardinha da casa dele, mas todos os momentos, cada beijo, sorriso, abraço, cada palavra doce, risada, e até aqueles beliscões, vieram até mim, com grandes asas e o gosto amargo que há dias tenta enganar com doçura. Até as memórias perdidas, aquelas pequenas palavras que eu não lembrava que ele havia me dito, enquanto eu via a lua passar, voltaram para mim.
     Não sei quanto tempo fiquei alí, em devaneio, submersa em lembranças que de tão doces amargavam, machucavam, faziam-me querer gritar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Depois da meia-noite...

Sinto falta do jeito que você tem quando me olha, do seu sorriso adocicado a iluminar meus dias, dos seus braços em volta do meu corpo apertando-me gentilmente - se possível for sentir falta do inexistente...
Espero pacientemente o som da sua risada tilintar em meus ouvidos, sua cabeça pousar em meu colo para receber - e dar - carinho, sua possessão limitadamente medida, e  aquele momento em que você brada silenciosamente que é só meu.

E é de sentir, é de esperar, que vejo a lua elevar-se, vejo as estrelas brilharem, o relógio parar, e então faz-se mandar o tempo do céu, o tempo medido em cores - presença e ausência -, sutil em seu avançar, silencioso em sua amplitude, deixando-me livre, sem compasso, sem a pressa do tiquetaquear. Livre para estar com você, para sentir a alma envaidecer com a sua, amar, rir, sorrir. Levemente solta encontrar a paz embalada na sua voz que desperta e acalma.
Um dengo, um sonho, uma realidade quebrada pela distância...